Dvida lquida deve subir para 50,8% do PIB em agosto
31/08/2017 00h00
A dívida líquida do setor público (governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,206 trilhões em julho, o que corresponde a 50,1% do PIB, com elevação de 1,4 ponto percentual (pp) em relação a junho. Para agosto, a previsão do Banco Central é que a dívida líquida continue a subir e alcance 50,8% do PIB.
No ano, a elevação acumulada na relação dívida/PIB é de 3,9 pp e decorreu da incorporação de juros nominais (aumento de 3,7 pp), do deficit primário (aumento de 0,8 pp), da valorização cambial acumulada de 3,9% (aumento de 0,6 pp), do reconhecimento de dívidas (aumento de 0,1 pp), do efeito da queda do PIB nominal (redução de 1 pp) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,2 pp).
Os dados mostram que a incorporação de juros teve um impacto quatro vezes e meia maior do que o déficit primário. A dívida bruta do setor público alcançou R$ 4,722 trilhões em julho (73,8% do PIB), elevando-se 0,6 pp em relação ao mês anterior.
Os juros nominais alcançaram R$ 28,5 bilhões em julho, R$ 235,1 bilhões no acumulado do ano e R$ 428,2 bilhões (6,69% do PIB) em 12 meses, reduzindo-se 0,2 pp do PIB em relação ao valor registrado até junho.
O setor público consolidado (formado por União, estados e municípios), registrou déficit primário (sem incluir o pagamento de juros) de R$ 16,138 bilhões em julho, o pior resultado para o mês na série histórica iniciada no final de 2001.
No ano, o déficit acumulado é de R$ 51,321 bilhões. Em 12 meses, o rombo ficou em R$ 170,520 bilhões, o que corresponde a 2,66% do Produto Interno Bruto (PIB).