Pesquisa diz que consumidor est? mais confiante, mas d?vidas crescem 4,7%


01/09/2017 00h00

A confiança do consumidor cresceu em agosto. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 2,1% em agosto frente a julho e atingiu 101,6 pontos, de acordo com dados divulgados hoje, em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Apesar do crescimento, o índice está 0,4% inferior ao de agosto de 2016 e 6,2% abaixo da média histórica.

Segundo a CNI, dos seis componentes do Inec, quatro cresceram em agosto, o que contribuiu para o aumento do índice. A maior alta ocorreu na expectativa de desemprego - de 7,4% em agosto ante julho -, o que sinaliza redução no número de pessoas que esperam elevação do desemprego.

O índice de endividamento aumentou 4,7% em agosto. As finanças das famílias também estão melhorando, já que o índice de situação financeira cresceu 2,2% este mês.

O índice de expectativas sobre a renda pessoal cresceu 1,5% em agosto. O indicador de perspectivas para compras de bens de maior valor, com alta de 0,1%, ficou praticamente estável. Somente o índice de expectativas sobre a inflação teve queda - 1,7% - em agosto, sinalizando maior preocupação dos brasileiros em relação ao aumento de preços.

A pesquisa do Inec, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 17 e 21 deste mês.

Educação financeira - A 1ª Pesquisa Nacional de Educação Financeira nas Escolas, realizada em parceria entre o Instituto Axxus, o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (Neit) do Instituto de Economia da Unicamp e a Associação Brasileira dos Educadores Financeiros (Abefin), entrevistou 750 pais em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Vitória, sendo metade pais de alunos que estudam em escolas que adotam educação financeira e a outra metade, de alunos que estudam em escolas que não adotam a prática.

Um dos dados mais impactantes diz respeito à resposta dos pais à seguinte pergunta: "Se e partir de hoje você não recebesse mais o seu ganho mensal, por quanto tempo manteria seu padrão de vida atual?" Entre os pais dos alunos que não tiveram educação financeira, só 3% conseguiriam manter seu padrão por até um ano ou mais, enquanto 53% manteriam por até seis meses e 44% por um mês.

Já entre os pais com filhos que tiveram educação financeira, 25% conseguiriam manter seu padrão de vida por mais de um ano, 73% por até seis meses e apenas 2% por apenas um mês. O resultado impressiona por evidenciar o quanto o tema consegue fazer a diferença na vida da família dos alunos, possibilitando a conscientização sobre a importância de se ter reservas financeiras.

Quando o questionamento é sobre o quanto as crianças têm consciência sobre as limitações financeiras da família, fica claro que as educadas financeiramente tem maior conhecimento. Em 33% dos casos, as crianças educadas financeiramente conhecem parcialmente a situação da família, enquanto 67% conhecem totalmente as limitações. Por outro lado, entre as crianças não educadas, 43% não conhecem nada da situação, 51% conhecem parcialmente e apenas 6% conhecem totalmente.

Além disso, enquanto 98% dos alunos com educação financeira se reúnem com a família para conversar sobre dinheiro, apenas 33% dos que não têm se reúnem.

Segundo o estudo, 81% dos alunos educados financeiramente gastam parte do que recebem e guardam outra a parte para os sonhos, enquanto 19% guardam tudo - o algo que não é o correto, pois é preciso ter equilíbrio entre consumir e poupar. Por outro lado, nas famílias sem educação financeira, 15% dos pais não sabem como os filhos gastam e 66% afirmam que os pequenos gastam seu dinheiro rapidamente, enquanto apenas 11% gastam apenas uma parte e 7% gastam tudo.

 


Certificado Digital ACIC




Parceiros e Apoiadores

1

Dúvidas? Chame no WhatsApp