Com?rcio e servi?os influenciam PIB no trimestre


04/09/2017 00h00

 

Com alta de 0,6% no segundo trimestre de 2017, o setor de serviços foi a principal influência no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo análise da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os dados do PIB foram divulgados nesta sexta-feira, 01 de setembro, pelo IBGE, e mostraram alta de 0,2%, o segundo trimestre seguido com crescimento, já descontados os fatores sazonais.

- O setor de serviços auferiu seu melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2013, também +0,6% - afirmou Fabio Bentes, economista-chefe da CNC.

Segundo ele, ainda é cedo para apontar um cenário de crescimento contínuo nos próximos trimestres, mas o setor, que responde por 75% do emprego formal e 73% do valor adicionado aos preços básicos, deve contribuir para uma melhora no cenário a curto e médio prazo.

O comércio também voltou a crescer no período, com uma alta de 1,9%, interrompendo um ciclo de nove trimestres consecutivos de quedas. Dentre as razões para esse crescimento, estão a regeneração parcial das condições de consumo, com geração de postos de trabalho, queda dos juros e da inflação, além da disponibilização de recursos extraordinários para o consumo, como os saques das contas inativas do FGTS.

Com isso, a CNC elevou a sua previsão de crescimento da economia brasileira em 2017, de 0,6% para 0,8%.

- Apesar de baixas, as taxas de crescimento deverão ser suficientes para garantir um resultado de leve crescimento da economia brasileira após dois anos de quedas acentuadas do PIB. Mesmo que a economia nada cresça na segunda metade do ano, um cenário pouco provável, os avanços do primeiro semestre já garantiriam uma variação positiva de 0,5% para 2017 - completou.

O setor agropecuário manteve-se estável no segundo semestre, após a super safra que impulsionou o crescimento do PIB no primeiro trimestre, iniciando a retirada do País da recessão. Já a indústria teve uma queda de 0,5%, após recuo de 0,7% no primeiro trimestre de 2017.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias, que responde por 63% da geração de riquezas do País, registrou alta de 1,4%, a primeira desde os três últimos meses de 2014 (+1,3%). O setor externo também contribuiu positivamente para o resultado do mês, em decorrência do avanço de 0,5% das exportações de bens e serviços, contra uma queda de 3,5% das importações.

Por outro lado, o consumo do governo (-0,9%) e, principalmente os investimentos (-0,7%), afetados pelo baixo nível de confiança do setor produtivo, registraram a 14ª queda consecutiva, se colocando, nesse momento, como o principal obstáculo à retomada sustentável do crescimento, de acordo com a análise da CNC.

 

Fecomércio-SP: fim de recessão se confirma; PIB deve encerrar ano com alta de até 1%

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), após a divulgação do PIB pelo IBGE - que mostram um crescimento de 0,3% no segundo trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2016 - mantém sua visão um pouco mais otimista do mercado para o desempenho do PIB neste ano, e, em nota, diz que "acredita que se a reforma da Previdência for aprovada, o país finalmente vai desatar os últimos nós mais restritivos ao crescimento da economia brasileira. Somando os potenciais de privatizações e de atração de investidores externos (bem como o potencial de retomar a propensão a investir de empresários locais), a entidade acredita que o Brasil pode terminar o ano com crescimento entre 0,5% e 1%, e indicando taxas próximas de 3% para o ano que vem. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, sob a ótica da produção, houve crescimento de 14,9% na atividade agropecuária, recuo de 2,1% na indústria e queda de 0,3% em comércio e serviços. Segundo a Entidade, o setor agropecuário continua a puxar o PIB, enquanto os serviços e a indústria ainda obtêm resultados negativos. Entretanto, a queda do setor de serviços, o maior da economia, está cada vez menor e tende a migrar para o campo positivo nesta segunda metade do ano. Para a Federação, existe um longo caminho pela frente para que todos os setores voltem a produzir dentro de suas possibilidades, mas o caminho está sendo trilhado. O segmento ainda mais complicado é o da indústria, que continua a produzir muito abaixo de suas capacidades e está aquém de investir o necessário para voltar a crescer fortemente."

Sob a ótica da demanda, no mesmo período comparativo houve alta de 0,7% no consumo das famílias, queda de 2,4% no consumo do governo e retração de 6,5% na formação bruta de capital fixo.

 


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