Fim do ?efeito FGTS? estagna vendas do varejo


13/09/2017 00h00

O comércio varejista registrou no mês de julho variação nula (0,0%) no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado ocorre após três meses seguidos de aumento. Nesse período o varejo acumulou ganho de 2,2%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostra que em comparação a julho de 2016, na série sem ajuste sazonal, o volume de vendas subiu 3,1%, deixando a variação acumulada nos sete primeiros meses de 2017, em 0,3%. De acordo com a gerente da PMC, Isabella Nunes, o resultado é o melhor em meses de julho desde 2013.

O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo está entre os três que mais avançaram nas vendas e teve variação de 0,7%, entre junho e julho. Os outros destaques foram tecidos, vestuário, calçados( 0,3%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,4%).

De acordo com o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), já é ponto pacífico que a economia vai se reativando em uma velocidade muito baixa e, por isso, ainda levará um bom tempo para compensar tudo o que perdeu nos últimos anos. Exemplo disso é o crescimento nulo das vendas reais do comércio varejista na passagem de junho para julho de 2017, já descontados os efeitos sazonais. Mesmo assim, o varejo parece consolidar uma mudança de rota.

Na origem desta mudança encontram-se dois destacados fatores: a moderação da inflação, que vem assegurando um aumento real da massa de salários em 2017, e a liberação dos recursos do FGTS, que significou uma injeção de gasto autônomo na economia, bem como ajudou as famílias no abatimento de dívidas antigas.

Diante dos dados divulgados pelo IBGE, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção das vendas do varejo ampliado em 2017 de 1,8% para 2,2%.

 


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